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segunda-feira, 25 de junho de 2012

Coisas que me arreliam solenemente, Parte II

Estava uma tarde de Janeiro enfadonha e Arminda não sabia o que fazer sem ser passear pelo parque. Nisto sai um indivíduo de aspecto duvidoso de trás de um arbusto e diz:
"Anda cá que eu vou-te violar!"
"Lamento imenso caro senhor mas tenho uma consulta marcada no médico para daqui a 10 minutos e não me dava jeito atrasar-me" - Respondeu Arminda calmamente.
"Ah nesse caso lamento o incómodo. Adeus e boa tarde" - Respondeu o violador.
E seguiram cada um para seu lado.

Pois é caro leitor, hoje é dia do regresso da tão aclamada rubrica "Coisas que me arreliam solenemente". Hoje trago mais dois temas polémicos para discutir ou quem sabe algo mais. Comecemos por um tema que mais uma vez remete para conversas entre duas ou mais pessoas.
Haverá coisa mais irritante do que estarmos numa conversa com uma pessoa que por algum motivo está a contar algo que lhe aconteceu e quando se vai a ver já misturou 3 ou 4 histórias numa só? Quando damos por nós já se criou um novelo de histórias que ninguém sabe já por onde pegar, nem mesmo a pessoa que está a contar aquilo tudo. Passo a citar um exemplo claramente fictício para dar a entender isto melhor:

Pessoa 1: "Epa, lembras-te do meu primo Fernando? Nem sabes o que lhe aconteceu! O gajo uma vez foi patinar com o Alberto que é aquele gajo que se casou com a Francisca. A Francisca não pode ir com eles porque tinha ido às compras com a Margarida que são muito amigas e já se conhecem desde a primária onde ambas conheceram o Fernando. O filho deles estava fora do país em visita de estudo em França por isso também não pode ir com o pai. Lembas-te quando fomos a França e tu tentaste engatar aquela loira que afinal era um gajo? Epa aconteceu o mesmo ao Amílcar quando foi a Sesimbra com o primo Jorge e passaram lá três noites naquele hotel onde o Josué foi apanhado com droga e foi preso!"
Pessoa 2: "Ok mas afinal o que aconteceu ao Fernando?"
Pessoa 1: "Qual Fernando?"

E pronto quando vamos analisar a questão que realmente importa e deu origem a isto tudo já nem a pessoa que começou a conversa sabe do que estava a falar. Meus amigo isto para mim é perda de tempo... Eu quero lá saber o que aconteceu ao primo Jorge que foi preso no hotel onde fulano tal esteve com o outro e fizeram sei lá o quê! No fim de contas se calhar nem me interessa saber o que se passou com o Fernando que foi patinar mas como a Pessoa 1 parecia preocupada como o assunto resolvi ouvir o que se passava...

O segundo ponto de hoje tem a ver com o turismo e é algo que me dá a volta ao pouco cérebro que me resta apesar de já ser um assunto que está mais do que batido. Os turistas quando vêm para Portugal querem lá saber de aprender a nossa língua! Antes de mais, eu não tenho problema nenhum em falar inglês, muito pelo contrário até gosto da língua mas epa, um minimo esforço não fazia mal a ninguém! Se eu quando vou para a terra deles tenho de falar a língua deles porque não terão eles de falar a minha no meu país? Ainda falam das pessoa que vieram da Ucrânia, Roménia e esses países de leste mas esses se calhar já falam Português melhor que eu que sempre cá vivi! E muita das vezes nem precisam de muito tempo para aprender...
Agora o inglês... É por o inglês ser uma língua universal?
Se formos por aí então toda a gente deveria obrigatoriamente aprender a falar chinês! Se calhar aqui em Portugal dava jeito pelo menos para quando vamos pagar a conta da Luz nas lojas dos chineses...
E como se isto não bastasse chegam ingleses ao pé de mim e ainda têm o descaramento de me dizer "Gracias"... Epa para isso mais vale ficares calado pá!  Havias de gostar que eu fosse para a tua terra dizer "Merci!"
A mesma coisa com os ingleses a conduzir nas nossas estradas! Mas isso fica para outro dia...

Retiro-me por agora e já sabem, vão respirando que por enquanto é uma linguagem universal e que todos entendem.

sábado, 16 de junho de 2012

Coisas Parvas da Sociedade Parte I: Zombies

E erguendo o cálice com a mão esquerda Felisberto gritou:
"E não haverá nenhum canalha capaz de nos abalar!"
"Não, nunca!" - Gritaram os restantes elementos da reunião.

"Excepto ali o Olegário que parece estar a falecer engasgado com um pinhão. Nem penses que me faleces sem entregar o relatório de vendas de meias deste mês" - Gritou Felisberto furioso.
E só para achincalhar, Olegário faleceu mesmo.


Ora viva caro amigo cibernauta. Hoje trago um tema que deixa triste com a sociedade de hoje em dia. Ou pelo menos com grande parte dela.
Pelas minhas inúmeras viagens pelas Internets vejo muita gente a dizer que seria fantástico haver um apocalipse de zombies à solta por esse mundo, talvez inspirados pela série Walking Dead ou se calhar porque são parvos mesmo... Querem adrenalina de sobrevivência? Epa mandem-se de um penhasco!

Passo a explicar a minha agressividade para com este tema.
Em primeiro lugar temos a questão da dieta dos zombies. Toda a gente sabe (cultura geral claro) que os zombies se alimentam de seres humanos ou mais propriamente dos seus cérebros. Para já acho isto estúpido porque em vida os humanos não são muito fãs de se comerem uns aos outros (salvo raras excepções e falando claro no sentido não figurado da palavra "comer") mas assim que passam a ser um zombie apetece logo um cérebro fresquinho! Não podia ser uma cataplana ou um arroz de pato, tem de ser um cérebro! No meio disto tudo quem se safavam eram os membros do nosso governo que claramente não eram alvo dos zombies.

Outro ponto importante é o impacto desta parvoíce dos zombies no mundo social. Um exemplo disto é o filme Warm Bodies (clique aqui quem ainda não conhece) que há de estrear lá para 2013 se o mundo não acabar antes. Ora o filme relata a história de uma jovem que se apaixona por um zombie. Só até aqui é estupido porque do pouco que vi sobre zombies eles só sabem emitir grunhidos e dizer BRAAAAAINS (sim, porque a partir do momento que uma pessoa vira zombie automaticamente passa a falar inglês) logo a comunicação entre eles devia ser um bocado fraquinha. Se calhar é por isso que a relação funcionaria mas isso agora não interessa.
Como se não bastasse o dito zombie do filme tinha atacado e comido o ex-namorado da rapariga, portanto se o filme já era patético agora é capaz de ter descido ao nível do ridículo... Se este zombie falasse qual seria a frase de engate dele? "Olha acabei de comer o teu namorado e agora vou-te "comer" a ti. If you know what i mean..."
Ridículo. Já não bastava a palhaçada twilight com um vampiro brilhante com mais de 1000 anos ou que raio é andar a querer cavalear uma jovem que também é alvo amoroso de um lobisomem que deve passar o seu tempo como humano no ginásio, como agora quererem espetar esta palhaçada debaixo dos nossos olhos. Além de que remonta para a pedofilia entre um vampiro e a jovem para não falar da zoofilia da parte do lobisomem!
Mas pronto já chega disto que a conversa já está a descarrilar um bocado.

Fico-me por aqui na publicação de hoje caro leitor retirando-me com o desejo que o descrito acima nunca venha a acontecer.

Vão respirando que por enquanto isso não vos come o cérebro!

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Coisas que me arreliam solenemente, Parte I

"Não vás para aí que ainda te magoas Maria Inês!" - Gritava Francisco exaltado.
"Deixa-me! Aqui sei que vou realizar os meus desejos e serei feliz!" - Respondeu Maria Inês um pouco irritada com a situação.
Posto isto, Maria Inês mandou-se do penhasco.


Caro amigo cibernauta hoje vou falar sobre alguns temas que me fazem torcer os dedos dos pés de tanta irritação que me causam. Não falarei de todos obviamente porque tenho de guardar material para uma Parte II desta rubrica.

Comecemos pela forma como as pessoas se cumprimentam. Passo a citar um exemplo:

Pessoa 1: "Então, tudo bem?"
Pessoa 2: "Sim e contigo?"
Pessoa 1: "Ah, tudo bem também. E tu?"

E cria-se aqui um ciclo infinito nesta conversa, se é que podemos chamar conversa a isto. Se a pessoa já disse que está tudo bem para quê repetir a pergunta? Será que a Pessoa 1 não tem mais nenhum tema de conversa e limita-se a perguntar como está a Pessoa 2? Se for esse o caso por favor remeta-se à dita conversa de elevador do tipo "E este tempo? Isto adivinha chuva" que ao menos faz menos papel de idiota! Eu sou apologista de um mundo em que as pessoas ignoram este tipo de cordialidade extrema e passam logo directo à conversa que interessa. Exemplo de uma conversa desse tipo:

Pessoa 1: "Então, tudo bem?"
Pessoa 2: "Sim tudo, olha em relação ao negócio do outro dia, com todo o respeito mas você é uma besta"
Pessoa 1: "Sim, confesso que sou um bocado."

E pronto, manteve-se um bom inicio de conversa e falou-se do que era preciso sem andarmos a enrolar e a queimarmos tempo uns aos outros. Toda a gente sabe que tempo é dinheiro e eu não de gosto de ter de pagar para falar com uma pessoa cara a cara.

O segundo ponto nesta publicação de hoje tem a ver com o meu trabalho. Quantas vezes tenho de me torcer todo para não começar a insultar gente que me aparece na loja... Passo a explicar:

Cliente: "Olá, quanto dão pela libra hoje?"
Eu: "Hoje damos 1.15€ por cada libra." (valor fictício obviamente para dar a entender a história)
Cliente: "Ok, então por 100 libras dá quanto?"

E é aqui que eu me passo e dá-me vontade de começar a violentar pessoas. Se calhar dá 100 x 1,15 dá para aí 212423€... Será que nunca lhes ensinaram pelo menos a dança da vírgula na matemática (nome acabado de inventar)? Epa chamem-me arrogante à vontade mas isto irrita-me da maior forma possível, ainda por cima levar com esta pergunta o dia todo! Mas pronto, lá tenho de responder muito calmamente que são 115€.

E vou ficar por aqui que já estou a sentir a fúria a apoderar-se de mim e ainda começo aqui à chapada com alguém. Tenho dito.

Vão respirando que por enquanto ainda não cria varizes.